Varginha é a cidade das mil pracinhas. Esta que é mostrada nas fotos é uma das mais tradicionais: a Praça Santa Cruz. O que diferenciava a Santa Cruz das outras eram aos brinquedos: balanços, escorregadores e gangorras, que faziam a alegria da molecada.
Do lado direito podemos observar o prédio da fábrica de refrigerantes “507”, de propriedade do Sr. Álvaro Ribeiro. A sodinha de abacaxi 507 era o refrigerante mais famoso da região. E quem morava nas imediações da praça Santa Cruz – como eu – quase não precisava de relógio: a sirene da fábrica rigorosamente apitava de manhã no início das atividades, na saída para o almoço, no retorno do almoço, no café da tarde e no final do expediente.
A igrejinha, bem no estilo do início dos anos 60, tinha uma marquise em forma de escorregador.
É fácil de imaginar que este formato era sob medida para a criançada escorregar rampa abaixo em caixas de papelão.
Todos chegavamos em casa “ralados” pois o “escorregador” era revestido com um cimento bem grosso!
A figura mais importante da Praça Santa Cruz na década de 60 era o Canecão. Temido pela molecada, Canecão vivia por ali.
Eu nunca soube onde ele morava e era, literalmente, doido de jogar pedras. Em tom de provocação as crianças gritavam: “ó Canecão” e ele saía correndo atrás e chegava mesmo a atirar pedras.
O Foto Beltrão, autor do cartão postal, flagrou modelos importantes na gangorra quando fotografou a pracinha:minha irmã Maria Tereza, de 2 anos e eu, com 4 anos, vigiados por nossa babá Jamira. Sem pressa de voltar para casa, sem estresse, sem tecnologias de ponta, apenas posando para a posteridade em 1961. (Professor Afonso Paione)
Moro hoje em Pouso Alegre, mas sou varginhense e vivi aí até os doze anos, no início da rua Tonico Xavier, nem próximo à pça Santa Cruz, e naquela época a marquise da igreja era de um cimento liso que facilitava escorregarmos sem nem usar caixas de papelão. Boas lembranças também, dos brinquedos, do sr. que montava-os toda manhã (já não lembro o seu nome) e principalmente da fábrica 507, que realmente fabricava a melhor sodinha de abacaxi que já tomei. Outra lembrança era que eles compravam garrafas que não podiam ser reenvasadas para quebrar, e só muito tempo depois e que fui descobrir que o vidro era reciclável, nem se falava disso naquela época. Então quando precisávamos de uns trocados vendíamos garrafas, lá, e algumas vezes chegávamos a vender inclusive as de cerveja do meu pai, que quando descobria… Bons tempos !!!
Guilherme Simões, o Madeira deve ter o e-mail do seu primo Walter Vilela, pois para comentarmos aqui no blog, precisamos nos identificar pelo e-mail. Não sei se ele pode passar para vc, mas senão ele poderia enviar um e-mail para o seu primo com os seus contatos falando do seu interesse de reencontrá-lo. E o seu primo entrará em contato com vc.
O projeto da Igrejinha nova é de JOSÉ JORDÃO. A construção é que foi de PASCOAL PAIONE.
Meu tempo da Praça Santa Cruz é da década de 40 / 50. Tinha Parquinho com pau de sebo, e outras coisas mais. Velhos tempos.
Oi. Meu nome é Guilherme Simões – neto de ADROALDO SIMÕES ( Ex – Coletor federal em Varginha) . Estou na busca de parentes de meu avô. Sei de Walter Vilela, residente em Belém-PA, advogado, 66 anos, natural de Coqueiral, porém criado em Varginha ? Ele seria um primo meu. Alguém teria o contato dele ? ou de algum familiar de meu avô ? MUITO OBRIGADO!
Prof. Paione: o sobrado ao fundo, era a residência (parte superior) do Sr. Adroaldo Simões que era coletor federal (meu tio). Ao lado da fábrica 507, era a residência do Gil Venda Valim, meu grande amigo. Abrs
Gente!!!!!!! lembro-me do “ZÉ Picuá” falando na radio: quem bebe repete, guaraná 507…..e também…..Falo Cine rechi porque nao sei falar REX….rs
Esse artigo me levou ao passado.
Embora eu seja de Niterói-RJ, passei boa parte da minha infância na Praça Santa Cruz, onde moravam meus avós (no sobrado do n. 39).
Naquele tempo, meados da década de 70, a igreja ainda tinha a fachada em forma de “escorregador” mas já havia uma grade de cada lado (talvez para impedir que as crianças escorregassem).
No lado esquerdo da igreja, onde se vê um predinho, funcionava a “Cobal” no térreo. No meu tempo tinham ainda construído um parquinho cercado na praça, e quem tomava conta dele era um velhinho chamado Sr. Domingos.
Ô, tempo bão!!!!
alguem tem fotos da fabrica ou de aniversario que apareçam as garrafas do refrigerante 507? sou proprietario da marca 507 e este ano de 2011 possivelvente se tudo der certo voltarei a fabricar . desde ja agradeço
Nasci e cresci nessa regiao na decada de 50. Muitas saudades tenho daquele espaço, simples, ingenuo e puro. Das pessoas que todos os dias viamos passar por lá, o bar do Duilio a Cobal, a venda do “Sô Zequinha”, com o Arnaldo no balcao , a oficina do Luis Reis e do Fernando. Otimas lembranças…
Tenho vagas lembranças de que ali eram montados os circos de tourada, antes da reforma da praça. Eu era criança e ficava louco para que meu pai me levasse ao circo. Tempo bom.
Olá, a sodinha 507 era do tio Álvaro, casado com minha tia-avó Jandira, irmã de minha avó Maria Gladys Resende Krauss. Morei em Varginha em 1978 e me lembro de minha avó servindo depois do jantar para os netos uma garrafinha de 507, onde fazia um furinho com martelo na tampa de metal. O meu sabor preferido era a sodinha de abacaxi. Até hoje me lembro do cheiro da fábrica 507, com as garrafinhas passando rápido na esteira. Legal achar esse blog. Pode interessar esse site: http://blogdorefri.blogspot.com/
Cuanta saudade daqueles tempos, era no ano 1973 e 1974. A praça Santa Cruz me traes muitas lembranças…e choro, nunca voltarao esses tempos.
MARCUS…TE QUIERO
JAQUE
numa iniciativa do vereador Dr. Adilson, estaremos realizando uma plenaria publica no dia 25 de julho proximo as 19:00horas para sabermos como melhorar a praça Santa Cruz e o seu entorno, na sede da abramep -associação brasileira de medicina preventiva -na avenida Ana Jacinta,38 – (logo ali atras da praça Santa Cruz )
pena que a praça está em situação precária, e o asfalto, que parece muito ser costela de vaca desnutrida.
Virou ponto de cachaceiro…
Afonso, eu brincava muito na pacinha qunado retornava para a casa e o vigia era nada mais nada menos que o DUMINGUINHO, homem que cuidada da praça como se fosse a sua casa, bons tempos, muito diferente de hoje.
Professor Paione,
Eu também frequentei muito a pracinha Santa Cruz, principlamente nas animadas quermesses que eram realizadas ali. E também fui vitima das pedradas do “canecão” que de vez em sempre aparecia lá em casa pra buscar um prato de comida. Bons tempos aqueles ……..
Cont(ato), infelizmente eu não tenho muitas informações sobre a construção da igrejinha de Santa Cruz. Parece que foi a primeira obra do eng. Paschoal Paione, meu tio, recém-formado em 1957. A igreja atual é a mesma das décadas de 50 e 60. Somente recebeu algumas maquiagens, foi retirada a marquise em forma de v invertido e sofreu ampliações nas laterais.
Os brinquedos da praça foram instalados pelo prefeito José Paiva.
Interessante é que as crianças preferiam escorregar na marquise do que os brinquedos. Isso era o tormento do vigia que ficava por lá.
Talvez tenha sido um bom motivo para a remoção da marquise na reforma.
Ôpa, esqueci de mencionar que o Afonso Paione foi meu professor. Alguém que faz parte da minha história.
Professor Paione, a igrejinha do ano de 1961 era mais bonita. Cheguei em Varginha no ano de 1970 e tenho uma vaga lembrança dessa igreja antiga. Pode ser que minha memória me engana e pergunto: Quando foi construida a nova capela? Grato.