Candidatos apresentam propostas para Cine Rio Branco e Capitólio

Os candidatos a prefeito apresentam os projetos para o Cine Rio Branco e o Theatro Municipal Capitólio. O fechamento do Cinema Rio Branco, há 12 anos, transformou o imóvel em um elefante branco em pleno centro da cidade. (clique no título para ler mais)

Foi considerado, há 50 anos, o cinema com a maior tela da América Latina. O cinema tem capacidade para 1.600 pessoas e, como dizia o jornalista Targino Valias, está se deteriorando. Em 1998 as Casas Pernambucanas desistiram de comprar o prédio por causa do tombamento feito pelo patrimônio histórico estadual. O próprio tombamento se tornou motivo de polêmica na cidade. Muita gente defende. O diretor do Museu Municipal, Cláudio Martins acha que a medida foi tomada pela Secretaria Estadual de Cultura sem o conhecimento da realidade local. “Foi uma medida afoita, o próprio patrimônio municipal não aprovou o tombamento”.
O vereador Leandro Acayaba (PP), candidato a vice-prefeito, apresenta anualmente, desde 2001, um requerimento ao prefeito Mauro Teixeira (PT), pedindo a compra do imóvel e a transformação do prédio em um centro de convenções gerenciado pelo Município. “Como não fui atendido nesses anos todos, a compra do Cine Rio Branco será uma prioridade em nosso governo”, diz Leandro.
Ricardo Vieira (PSOL) prefere a cautela. Ele diz que o papel da prefeitura é intermediar uma solução e, a partir daí, preservar o local como espaço cultural. “Mas tem que ser uma medida urgente, não dá mais para ficar empurrando com a barriga”.
Dr. Simplício (PV) defende a reativação do cinema. “A prefeitura não vai adquirir, mas comandará o processo de transformação e conservação do imóvel, com parceiros”.
O vice-prefeito Eduardo Corujinha (PT), candidato a prefeito, reconhece o valor histórico do Cine Rio Branco. “Os donos do Rio Branco já tentaram vender o imóvel, mas os valores e o tombamento impediram. Nossa prioridade é continuar a reforma do Capitólio, que está em fase adiantada de substituição do telhado. Em seguida será realizada adaptação para deficientes físicos e iremos realizar a reforma interna”.
O Theatro Municipal Capitólio está fechado há 5 anos. Inaugurado em 1927, o imóvel foi restaurado em 1983, uma obra que durou dois anos. O problema atual é o telhado, cuja estrutura de madeira estava corroída por cupins. A substituição por uma estrutura metálica começou em junho.
Além de Corujinha, os três candidatos defendem a reforma completa do Capitólio. “Uma pena que esteja sendo reformado apenas agora, às vésperas da eleição”, alfineta Dr. Simplício. Ricardo Vieira (PSOL) pretende, além de reformar o Capitólio, adquirir o Cine Rex, outro imóvel histórico localizado no centro da cidade que está abandonado.