Nas últimas semanas a população do Sul de Minas viveu dias de insegurança a que não está acostumada. Em 4 de novembro, uma terça-feira, a região foi surpreendida com um roubo a carro-forte. Cinco dos dez bandidos foram presos poucas horas após o roubo.
Dois dias depois, seqüestro-relâmpago em um roubo de malotes. O motorista que levava os malotes foi solto na ponte do Café Solúvel.
Na madrugada de segunda-feira, o foragido da cadeia de Três Corações Yuri Damian da Silva (foto), de 33 anos, manteve quatro pessoas reféns durante algumas horas. Ele era inquilino dessa família, da qual ele alugava um porão. A PM negociou com Yuri e conseguiu convencê-lo a jogar no terreno ao lado sua arma e granada. Ele está preso na cadeia de Varginha.
Nessa terça-feira, mais um seqüestro: uma varginhense é resgatada depois de ficar presa durante dez dias em uma favela no Rio de Janeiro. A auxiliar de enfermagem Carla Cristina Vieira conheceu Patrick Leandro Ferreira pela internet. Foi para o Rio de Janeiro com o rapaz, onde teria sido mantida como refém. A Polícia Civil chegou até Patrick através de grampos telefônicos autorizados pelo MP e Poder Judiciário. As gravações foram encaminhadas para uma equipe especializada em seqüestro de Belo Horizonte, onde descobriu-se que Patrick era conhecido. Ele tem passagem pela polícia de BH. O rapaz pedia R$ 80 mil. Ameaçava matar a moça e mandar um pé dela, caso a família se negasse a pagar o dinheiro. Patrick está na cadeia de Varginha. À TV Alterosa, disse que foi uma loucura dos dois (dele e de Carla), insinuando que a moça participou do plano de seqüestro. As polícias de Minas e Rio investigam essa hipótese.
(Foto da TV Princesa)
Varginha é uma cidade sem policiamento.
Nas ruas e avenidas não se vêem policiais. De vez em quando uma viatura passa aqui ou ali, mas isso não basta, pois o que resta é uma sensação de insegurança aos cidadãos de bem. Em contrapartida, aos mal intencionados, um prato cheio.