Clique no título para ler a crônica de Braz Chediak.
Ontem à noite, entrei na Internet buscando conhecimentos pra trocar com as
crianças que estudam Teatro em nosso projeto.
De repente foi como se o universo se apresentasse diante de mim, com toda
sua explicação e sua lógica. Cada informação puxava outra e fiquei horas
diante do computador, mais uma vez maravilhado com o que a tecnologia pode
nos oferecer.
Lá pelas tantas escutei o primeiro bem-te-vi, esse pássaro madrugador,
gritando ao longe e percebi que amanhecia.
Desliguei o computador e, em uma fração de segundo, sumiram de minha frente
os teatros de Nova York, os musicais de Paris, os balés de Moscou, os livros
que gostaria de ler. Me senti triste, sozinho, e saí para assistir o nascer
do dia.
Pouco a pouco foram surgindo os primeiros raios vermelhos no céu azul e
pensei no início da criação, quando só havia trevas e silêncio – um silêncio
tão grande que só Deus ouvia. E trevas tão imensas que só Ele via. Mas, o
que será que Deus ouvia nesse silêncio, o que será que ele via nessas
trevas? Sei que uma simples semente traz dentro de si a história da planta
que ela será no futuro. Sei que trazemos dentro de nós toda a história da
raça humana… Mas não conseguia encontrar a resposta. Talvez por estar com
sono, talvez porque Ele não me quisesse mostrá-la.
Parei perto de nosso Rio Verde, observando a cidade dormir, imaginando
quantas histórias estavam acontecendo naquelas casas simples. Talvez uma mãe
acariciando um filho recém-nascido, um casal de jovens adormecidos lado a
lado, um marido brigando com a mulher por alguma insignificância, uma
adolescente sonhando, solitária, com seu futuro, um velho insone pensando em
sua cidade, em sua gente…
E foi assim, absorto nesses pensamentos, que percebi uma mulher atravessando
a ponte. Ouvi os passos delicados, vi o corpo se movimentando devagar e, de
repente, maravilhado, percebi que estava presenciando um momento eterno. Um
momento de harmonia. A grande harmonia entre a feminina terra e a feminina
mulher. O momento em que as duas, a mulher e a terra, caminhando no mesmo
ritmo, compunham a sinfonia cósmica.
Meu Deus, pensei, seria esta sinfonia que Deus estaria ouvindo no momento em
que criou esse nosso mundo?
E por um instante O vi apanhar um pedaço do barro da terra e fazer o homem.
Mas o homem era triste em sua solidão. E para ele nada tinha sabor ou cores,
e tudo era silêncio.
E Deus, vendo a solidão do homem, criou a mulher.
E vendo a beleza da mulher, sentiu-se alegre.
E de sua alegria nasceu o ar e as nuvens e o colorido do céu. E nasceram os
rios, e os oceanos, e as plantas, e as cores da terra. E nasceram as flores,
os frutos. E das flores e dos frutos nasceram o perfume e o paladar. E
nasceram os pássaros. E dos pássaros, do correr das águas, do farfalhar das
folhas, nasceu a música. E da música nasceu a poesia.
Deus é o poeta: Ele criou a mulher.
Chinesa de 107 anos supera ‘medo’ e diz que quer se casar
Quando era jovem, Wang Guiying tinha medo de casar.
Ela teme se converter em um peso para seus sobrinhos.
Do G1, em São Paulo, com agências
A chinesa Wang Guiying, de 107 anos, que tinha medo de casar quando era jovem, decidiu agora buscar um marido, segundo reportagem do jornal “Chongqing Commercial Times”.
Wang Guiying disse que teme se converter em um peso para seus sobrinhos depois que sofreu, quando tinha 102 anos, uma fratura na perna e não pôde mais continuar fazendo as tarefas domésticas.
“Meus sobrinhos e sobrinhas estão ficando mais velhos e os seus filhos já estão construindo suas próprias famílias. Estou me tornando cada vez mais um fardo para eles”, disse Wang Guiying.
“Eu tenho 107 anos e ainda não me casei. O que acontecerá se eu não me apressar a encontrar um marido?”, perguntou a chinesa centenária, que era filha de um comerciante de sal da província de Guizhou.