
Mais uma colaboração do leitor Agenor Braga: “Envio essas duas fotos da Avenida Rio Branco, numa perspectiva diferente. São imagens ligadas ao antigo lago existente na Praça, especificamente onde hoje se situa a Imobiliária Sigma, a Século 21 Celulares, etc. Lembrando que é o lago antigo, pois posteriormente foi reformado, tendo uma passarela passando por cima dele (e depois virou banho de mendigo). Na primeira foto vê-se, ao fundo do lago, a estátua da Vênus de Milo que jorrava água. O casarão à esquerda, onde há um veículo (aparenta ser modelo anos 50, talvez um Buick) atualmente é uma loja de Bijouterias e a loja Vivo, esquina com o “Calçadinho” da Livraria do Estudante. Atrás das árvores, o térreo (foyer) do Cine Rio Branco, e mais abaixo, onde se vê uma Rural Wyllis, é o imóvel onde funcionou o Bar Itália, onde atualmente é a sede da Associação Médica, onde funciona o Cartório Braga 1° Ofício.
Na segunda foto temos uma visão do lago e panorâmica das praças até a Matriz antiga. Note-se que, ao fundo, é tudo pasto. Hoje veríamos o Sion e São Francisco. À direita da foto, da direita para a esquerda, vemos um casarão branco e dois sobrados idênticos (acredito ser uma só residência). Hoje funcionam a Loja Singer, a Imobiliária AC Imóveis e a Lanchonete Verano (dos deliciosos hot-dog). A quarta casa seria a casa do Pedro Rosemburgo, atualmente funcionando o estúdio da Roberta Figueiredo. Note-se um sobrado de 2 andares marrom, onde acredito que funcionou uma casa de tintas (seria dos Andere?), e hoje é um terreno com base para virar prédio, esquina com o calçadinho do Pio XII, que no começo do século XX, passava boiada. Se não me engano, ouvi dizer que havia um matadouro na região da Silva Bittencourt. Com a palavra, os leitores do Blog, Madeira e o professor Paione, conhecedor das fotos de Varginha e futuro sucessor do Nico Vidal”.
Boa noite Paione e Maria G.M. , concordo quanto a questão cultural e financeira porém devemos levar em conta que ninguém valoriza o que não conhece. O primeiro passo é eleger um imóvel ainda “vivo”, aplicarmos a harmonia nele por meio de parceiros e então iniciarmos o processo de divulgação do mesmo. Vamos nos articular, por favor envie um email para combinarmos um encontro: [email protected] . Estive hoje em Três Pontas e fiquei maravilhado com o boom de preservação do casario que ocorreu na cidade nos últimos três meses… vocês tem acompanhado? Abraço
Obrigado ao ao Cláudio Martins pela explanação sobre as estátuas. Realmente, falha minha ao postar o texto, sem examinar corretamente, e dar um “zoom” na imagem.
Tomara que os profissionais e proprietários que você citou Maria G.M. morram de vergonha com o seu comentário. Seria um bom começo não é Diego?
Caro Diego, pior que o exemplo citado por você, é o conjunto de casarões das décadas e 1950 ou anteriores que ficam próximas à Câmara Municipal e estão sendo reformados.
Ao invés de conservarem os traços originais representativos de uma época, trocaram janelas e grades por blindex.
Chego a pensar que tombou algum caminhão carregado de blindex por aqui.
Tremendo mal gosto , falta de senso e concepção histórica. E olha que as obras são assinadas por profissionais.
Sei que é difícil a conservação desses imóveis por quem os possui, mas poderiam manter pelo menos a fachada. Varginha ganharia muito pela harmonia arquitetônica.
Diego, podemos até nos unir e começar. Aliás DEVEMOS fazer isso sim, alguém tem que dar o primeiro passo. Porém infelizmente é uma questão cultural e que estejamos cientes que vamos dar murro em ponta de faca até enjoar. Pode ter certeza que 99 por cento da população acha bobagem preservar as “velharias” e que isso é coisa de quem não tem o que fazer. Sem contar os interesses financeiros que são imensos, muito mais do que podemos imaginar.
Dentro de mais algum tempo o forasteiro que chegar a Varginha certamente irá supor que a cidade não tem mais que dez ou vinte anos…
Eu vejo na internet Tornareccio, a cidade de meu bisavô na Itália. Totalmente e expontâneamente preservada pela população, com as suas construções mais que centenárias intactas, como em todas as comunas italianas.
Sem ir muito longe, vale lembrar o exemplo de Dª Eliane Frota, que recuperou e restaurou o prédio do antigo Clube Botafogo, na rua Alves e Silva. Questão de cultura.
Vai chegar o dia que todos nós a possuiremos.
Então, vamos começar?
Não sei se pode ter sido proposital, mas naquela época uma rua larga assim não era comum, será que já imaginaram o quanto Varginha cresceria?
Ai que vontade de chorar, que saudosismo… Mas o pior é que continuamos a ter novos motivos para chorar a cada dia. Veja o conjunto de casas que foram tranformadas em lojinhas na Av. Pres. Antonio Carlos proximo do Pedro Fotografias… descaracterizaram toda a fachada no último mês, colocando-a em formato caixote!Vamos nos unir?
Uma observação: a estátua está tombada pelo Patrimônio e restaurada. Encontra-se numa sala da Estação Ferroviária e pretende-se colocá-la no mesmo lugar.
Madeira, o correto é classificar a estatua como a de Diana (em Roma) ou Artêmis (Grécia). A estátua, pela posição de seus braços estaria segurando um arco e flecha, já que Diana é caçadora. Vênus de Milo seria a Deusa da beleza.
Qto as outras estátuas a do Cupido e a da Garça que ficavam no mesmo lago, segundo informações que me passaram foram destruídas.Estavam num depósito e por não ter ssido guardadas de forma correta acabaram se despedaçando.
São fotos belíssimas de nossa principal avenida.
Complementando o que Agenor descreveu, na primeira foto, a porta da casa próxima ao Buick era a entrada para o consultório do Dr. José Silvestre, pai do meu amigo Carlos Henrique (Neneco).
Na segunda foto, o sobrado de fachada dupla era residência do Tenente Joaquim Pinto. O sobrado marrom foi Casa Paroquial, Hotel e mais recentemente loja de tintas. Ao seu lado o prédio da Prefeitura do Município de Varginha até o começo dos anos 60.
Entre a Prefeitura e o Cine Rex o imóvel onde funcionou durante muitos anos a Bicicletaria Rex. Quem foi “bicicleteiro” nos anos 60 e 70 certamente foi cliente da Rex. A casa foi demolida para a construção do edifício Sadalo Andere.
Agora ficou aquele lixo de concreto…