Invariavelmente, quando os cafeicultores se reúnem para reivindicar algo, surge a crítica de que se trata de uma classe rica. Assim como outras categorias produtivas/profissionais, a cafeicultura tem, sim, os grandes produtores. Entretanto, 80% dos cafeicultores possuem menos de 10 hectares de terra. São, em sua maioria, produções familiares. O setor emprega 10 milhões de pessoas em 2 mil cidades (sendo 1.800 municípios produtores). A maior parte dos empregos fixa o homem no campo. A pujança dos números da produção contrasta com a remuneração. O setor reclama do baixo preço da saca, obrigando os produtores a contraírem dívidas.
No dia 16 de março, o SOS Cafeicultura reuniu 25 mil pessoas em Varginha para apresentar seus pedidos: preço mínimo de 310 reais, prorrogação das dívidas por 20 anos e pagamento em produto. O estrondo foi vigoroso. Dezenas de políticos defenderam o setor e criticaram o governo federal (enquanto outros políticos torciam para o palco da concha desabar). A imprensa voltou as atenções para o setor. O ministro Guido Mantega recebeu os produtores, prometendo estudar as avaliações. Mas os pedidos se esbarraram no andar técnico do ministério e, algumas semanas depois, veio a notícia: o Conselho Monetário Nacional fixou o preço mínimo da saca em R$ 261,69.
Agora o SOS se articula para levar os produtores para Brasília. “Mais uma vez estamos decepcionados com o governo pelas atitudes que ele vem tomando”, disse o diretor da Faemg João Roberto Puliti, membro da Comissão Nacional do Café. Ele diz que, se for preciso, os produtores vão acampar em Brasília para chamar a atenção do governo. Eric Abreu, um dos coordenadores do SOS, diz que está preocupado porque “desde o movimento (em Varginha) nada aconteceu e o início da safra está aí. Ou o governo implementa as medidas necessárias ou marcharemos em Brasília para reivindicar nossos direitos”. O presidente da Frente Parlamentar do Café, o deputado federal Carlos Melles (DEM/MG), acusa o governo federal de tomar medidas às pressas para não haver contestação. Ele diz que o governo está “mal orientado” e lembra de reunião com Aécio Neves (PSDB). “O governador disse ao ministro e ao presidente Lula que o café para Minas Gerais funciona como o programa Bolsa Família, ou seja, tem uma importância social muito grande”. Será que o presidente vai se render ao argumento do governador mineiro?
UM BANDO DE CACHACEIRO SEM VERGONHA RUIM DE SERVIÇO.
Chiiiiiii ta vencendo as prestações da caminhoneta nova, a mensalidade da faculdade de medicina particular do filinho, a compra de mais um pedacinho de terra do pobre do vizinho, etc, etc…Agora correm todos para a imprensa pressionar o governo. 10 milhões de empregos, isso é gravata!!!!. Ja tiverem sua dividas( mais uma vez) prorrogadas por mais 20 vinte anos( pra mim isso é calote) pagando só 5% da produção a juros de menos de 6% ao ano ANO vejam bem. O que querem mais??????
Duvido que eles vão acampar.
Eles vão é pra gandaia com a muiezada.
Para pagar os salários dos deputados eles tem dinheiro… Mas para pagar quem realmente trabalha eles não tem!!