Antes que os leitores mais críticos reclamem, tá bom. Este blog pretende publicar notícias da região, mas esta é uma nota que merece ser postada pela importância da pessoa. Morreu o cantor e compositor Zé Rodrix, um dos intérpretes mais expressivos da música brasileira. Ele foi um dos principais artistas das décadas de 60 e 70, que misturou a MPB com rock e raiz. Nascia o rock rural, sem afetação nem sotaque forte da roça. Zé Rodrix ficou mais conhecido por ser autor da música “Casa no Campo”, interpretado pela Elis Regina. Mas pouca gente conhece o trabalho dele antes de se juntar a Sá & Guarabira. Ele participava da banda psicodélica Som Imaginário, formada para acompanhar Milton Nascimento. Com ele, músicos como Wagner Tiso, Tavito e o guitarrista Frederyko. Os discos do Som Imaginário são pura anarquia, psicodelia e muito rock. Uma mistura de Sonic Youth, Pixies, Beatles e MPB da melhor qualidade. A música abaixo é Sábado, uma das mais bonitas do Som Imaginário (ao lado de Nepal e Feira Moderna).
Zé Rodrix,
Mais uma coisinha:
Deus ajuda quem tá vivo, mas morrer não é pecado!
Tem certos dias que nos sentimos como se tivéssemos perdido um amigo ou alguém da família, como um primo, por exemplo.
São pessoas que nem nos conhecem, cujas obras passam a fazer parte de momentos em nossas vidas e por isso acabamos nos ligando a eles.
Vai Zé Rodrix e deixe conosco eternizados os seus poemas.
Com certeza a música brasileira perde muito com a morte de Zé Rodrix.
Pois é Cassiano, coisa boa ninguém conhece nos dias de hoje. Como se pode lembrar do Zé Rodrix com esses cantorzinhos medíocres causando desarranjo mental toda hora nas rádios, tvs, carros e shows?
Quando morre umas dessas grandes antenas de nossa era, alguem que transformou em poesia os arquivos secretos das mentes e dos corações unioversais…eu deixo a cargo do acaso escolher no modo randomico de meu aparelho de som uma canção de sua obra.
Sou criançao e não pude vê-lo na época, mas pude prestigialo ao lado de Sá e Guarabira na virada cultural, tocando o disco “Passado, Presente, Futuro.”, foi certamente antologico!
E ontologico pra mim!
Viva o Maestro e Grande Cabeça psicodélica!!!
Uma grande perda.
O melhor dos melhores artistas é que suas obras permanecem. Aliás esse é um dos conceitos de arte, perpetuar-se pela qualidade.
Toda uma geração está de luto, mas aliviada por poder ter partilhado tanto talento.
Sem duvida uma triste noticia, certamente a musica ficará mais pobre.
e pensar que quando postei isso hoje de manha no twitter, muitos perguntaram “QUEM?”
A música hoje se cala!!!!