O presidente da OAB de Varginha, Gustavo Chalfun, acredita que a decisão do STF sobre diploma de jornalista vai prejudicar a qualidade da informação. O STF manifestou pela abolição do diploma de jornalista, com conseqüente desnecessidade de registro profissional para o exercício da profissão perante o Ministério do Trabalho. “Tal decisão, a meu ver, foge ao bom senso das que habitualmente são proferidas por aquela Corte, pois, colocou em xeque o necessário compromisso destes profissionais com a ética, imprescindível para o exercício do jornalismo, isto tendo em vista as prerrogativas inerentes à profissão. Com a decisão, é indubitável que a qualidade técnica das matérias restará prejudicada, mas, o principal prejuízo se reflete no fato de que a falta de observância aos preceitos éticos por jornalistas não mais poderá ensejar o cancelamento de seu registro e impedimento do mau profissional ao exercício da profissão. O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, já expressou opinião no mesmo rumo, da qual comungamos: “o jornalista pode ter prejuízo penal e econômico, mas continuará no veículo de comunicação causando lesões à cidadania”.
Francis Bacon acreditava que saber é poder, poder sobretudo de dominar ou transformar a natureza em benefício da humanidade…
Queridos blogueiros esta discussão é muito interessante, mas não há dúvidas de que um diploma ajuda e a falta dele atrapalhar o desempenho profissional em prejuízo da comunidade…
Por fim, comungo com a OAB acerca do assunto e defendo que o STF infelizmente errou no julgamento do caso…
Respeito as opiniões contrárias à exemplo do nosso DD. Presidente da OAB local…
Boa discissão…
Eu nunca vinculei diploma e ética. Ética tem a ver com educação familiar, não estudantil. Sou favorável a obrigatoriedade do diploma porque a pessoa que se dispõe a estudar quer fazer melhor, quer crescer. E reconheço infinitamente a capacidade de jornalistas não diplomados (como já percebi que alguns diplomados não levam o menor jeito pra coisa). Minha indignação é com o fato do STF ter desqualificado uma profissão que já estava regulamentada. Nunca regulamentar uma profissão é uma coisa. Outra coisa é desregulamentar… andar pra trás… regredir.
Prezados Gilberto e Marçal,
Expressei minha opnião, mas sempre o faço respeitando àqueles que eventualmente, dela não comunguem.
E acho que isso é exatamente a essência de nosso Estado Democrático de Direito: A diversidade de opniões.
Quando me posicionei contrário a decisão do STF, somente o fiz na medida em que acredito, despretensiosamente, que os veículos de comunicação podem exercer com ainda mais relevância seu papel social (e certamente já desempenham) se tiverem em seus quadros pessoas habilitadas por um órgão de classe ou o próprio MTB, com respaldo para impedir eventuais abusos e excessos, vez que em qualquer classe, certamente existem bons e maus profissionais.
E jamais poderíamos prejudicar aqueles que desempenham suas funções com zelo e dedicação, generalizando-os, juntamente com uma minoria que não atende a mínimos requisitos para se estabelecer, em qualquer seara profissional.
Foi essa a interpretação que acredito que o STF, infelizmente, deixou de observar.
Respeito eventuais entendimentos em sentido contrário, ciente de que, os debates são instrumentos úteis a permitir melhor análise de tão polêmica questão.
Quanto a possibilidade de que os próprios interessados defendam nos Tribunais seus interesses, o equílibrio entre as partes que litigam, só se torna possível com a presença de um profissional, habilitado para tanto.
E sem embargo de dicussão, também polêmica a esse respeito, sou do entendimento que somente conseguiremos atingir os ideais de distribuição de Justiça, se sempre tivermos em cada julgado, a presença de um advogado.
Sustento tal opinião não só pela representação de minha classe (que também tem bons e maus profissionais, como toda e qualquer classe profissional), mas também por conhecer de perto as dificuldades e mazelas vivenciadas por todo o Poder Judiciário, especialmente quando não se faz presente um advogado.
Parabéns ao Marcus Madeira por esse instrumento de debate e discussão que permite que a sociedade Varginhense expresse sua opnião.
Durma bem, Marçal, rssss!!!
O Marçal tem razão, tem muita gente falando em ética, moral e coisas desse tipo. Como falar desse tema se estamos vendo a bandalheira solta no SENADO, que é a Câmara Alta, administrada pelo PMDB e defendida de unhas e dentes pelo PT e pelo LULA em troca de apoio? Depois disso, podemos eserar de tudo no Brasil.
Essa fala do Chalfun retrata exatamente toda a falta de conhecimento e envolvimento com a produção de uma notícia, ou de se reportar a um fato. Bem “advoguês”. Não sabe ele quantos profissionais hoje temos no jornalismo – que até, talvez, quem sabe, ele c onheça algum e não sabia que não era diplomado – tão ou mais qualificados que os portadores de diploma – palavra da moda agora: portabilidade!!!! Tô ficando cheio de tanta gente falar em ética, ética, ética, moral – como se isso HOJE, DE FATO, se aprendesse em algum banco de faculdade. Não vi nem ouvi o debate do UNIS sobre o assunto, mas se caminhou nesse sentido, foi só mesmo um “evento” pra boi dormir.
Está criada a polêmica! Com a exigência, se por acaso conseguirem derrubar a decisão do STF, proibiriam aqueles que escrevem em blogs por exemplo de exercerem dessa forma uma espécie de “jornalismo”? Não seria essa arte uma arte antes de uma profissão?
Nos Estados Unidos, por exemplo, qualquer um, mesmo não sendo formado em Direito, pode se defender nos tribunais sem um advogado. E, isso pode chegar aqui. O que diria o nosso nobre causídico representante da Ordem nesta cidade?
Eu sempre admirei o trabalho do Dr. Gustavo Chalfum, tão jovem e com tanta competência. E agora eu fico ainda mais fã dele.