A safra curta desse ano ocasionou uma situação inusitada, em Varginha: a colheita noturna. Está sendo assim na propriedade do “seu” Hugo Dominguetti. Ele comprou uma colheitadeira, ano passado, e está trabalhando dobrado para pagar a máquina. O valor foi de quase R$ 500 mil. Esse ano, além de colher café em sua propriedade, ele também aluga para os vizinhos. O valor é de R$ 190 por hora. O compromisso com o banco e o prazo apertado para terminar a “panha” faz com que o serviço continue até a noite. Se por um lado o cafeicultor está pulando miúdo para pagar o empréstimo, por outro não se arrepende. Ele economiza deixando de contratar 40 pessoas para a colheita.
Bárbara, então pague o salário deles.
Não acredito que seja retrocesso não pois para sobreviver em qualquer ramo tem que enxugar custos e aumentar a produtividade. Atualmente quem é bom profissional não perde seu emprego, pelo contrário, tem vaga garantida no mercado e procura sempre se qualificar para se manter empregado. O produtor apenas fez a melhor escolha para sobreviver no negocio. Isso não é culpa dele nem das 40 pessoas que antes empregava, mas sim de leis trabalhistas que exigem banheiros e refeitorios na lavoura (estrutura que nenhum produtor tem condições de manter) não permite o transporte em caminhões adaptados (que devidamente fiscalizados e operados com responsabilidade não oferecem risco). Tal exemplo remete ao acontecido com a cultura da cana-de-açucar onde leis rigidas forçaram a mecanização da lavoura e criou bolsões de miseria no interior paulista. Fato que deve se repetir no sul de Minas a longo prazo não por culpa dos trabalhadores nem dos agricultores. Os culpados são deputados e senadores que legislam em prórpio beneficio e nem sempre procuram favorecer a população.
Pois eh…São 40 famílias que poderiam estar trabalhando e alimentando seus filhos…
Fica a pergunta, seria a tecnologia um avanço ou um retrocesso??
Fico com a segunda opção…