Locomotiva da FCA, na Serra de Poços de Caldas (enviada por Vanderlei Zago da ABPF/Regional Campinas)
Por Carlos Cornwal
Parece que uma febre tem atormentado algumas cabeças pensantes de nossa cidade ultimamente. Sem levar em conta mais de 100 anos de história,sem levar em conta que não fossem os trilhos, Varginha ainda seria um eterno arraial e o que é pior sem buscar assessoria técnica especializada, nessas incluídas a própria categoria de ferroviários, o que temos assistido é que as citadas mentes vêem propondo retirada dos trilhos ferroviários de nossa cidade. Ora o que existe de cidade chorando por não ter nem mesmo uma simples Maria fumaça de exposição não está escrito, quanto mais se tivessem uma ferrovia, como temos!
Já manifestei no jornal folha de varginha o diferencial logístico que tanto Varginha como Poços de Caldas tiveram em manter seus ramais, o da terra do vulcão da antiga Mogiana e o nosso extensão da The Minas and Rio Railway(Cruzeiro/Três Corações), chamada de Estrada de Ferro Muzambinho, que se extendia após o Moinho Sul Mineiro por Tres Pontas, atingindo Monte Belo e se interligando a Mogiana lá pelos lados de Guaxupé e Interior Paulista. Essa hoje tem seu final em Varginha,sendo que a maior parte do antigo percurso foi tomada pelas águas da Usina de Furnas. O que importa é que tanto lá(Poços) como cá, as duas ferrovias hoje administradas pela FCA-Ferrovia Centro Atlantica ,uma das sucessoras da RFFSA e FEPASA , após o processo de desestatização , estão a todo vapor, daí nossa indignação relativas as vozes contrárias.
Ao invés de tirar os trilhos acho que deveriam buscar negócios nos trilhos! Não se espantem mas vivemos na era da informação e quando buscamos nos especializar , é porque novas demandas para as novas gerações que a todo dia por aqui aportam é nossa obrigação, ocupemos ou não cargos políticos,sejamos ou não investidores privados!
Por isso segue um recado que interessa a todos que gostam de Varginha, que tal participarem a partir de hoje(10/novembro) da “Feira Negócio nos Trilhos “ que está na sua 12ª edição ,sendo a maior feira da indústria ferroviária da América Latina. O Evento, que vai até o dia 12, no Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho, em São Paulo, é organizado pela Revista Ferroviária. A expectativa é que mais de seis mil pessoas passem pelo local.
Um dos destaques deste ano ficará por conta da Alstom, que vai expor, pela primeira vez em São Paulo, um VLT Citadis, que tem a capacidade de transportar mais de 400 passageiros por veículo, cerca de 18.000 passageiros por hora, o equivalente a mais de 100 carros ou 6 ônibus (considerando-se 4 pessoas por carro ou 66 por ônibus), operando silenciosamente e utilizando energia elétrica, que é renovável.
Paralelamente a exposição, acontecerá também o Seminário Negócio nos Trilhos, que reunirá os maiores nomes da indústria metroferroviaria para discutir projetos como o TAV, transporte de carga e de passageiros.
Também hoje, na abertura da Feira Negócio nos Trilhos, acontecerá a entrega do VI Prêmio Alstom de Tecnologia Metro-Ferroviária, do VII Prêmio AmstedMaxion de Tecnologia Ferroviária e do I Prêmio EDLP de Produtividade do Cliente Ferroviário, que atrairão para a Feira os melhores técnicos brasileiros das ferrovias de carga e de passageiro.
Portanto vamos pensar grande ,respeitar o passado,aproveitar o presente e plantar o futuro.
Carlos Cornwall,advogado,professor,contador ,estudioso da história ferroviária brasileira.
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ABC paulista ganhará Expresso Turístico
O Diario do Comercio e Industria de ,16/10/2009 – DCI, traz mais uma noticia de um novo trem de passageiros:
Visitar as belezas naturais de Paranapiacaba, a Vila Inglesa de Santo André no topo da Serra do Mar, ou conhecer suas várias construções de origem europeia como Castelinho, Viradouro e o Clube Lyra-Serrano, vai ficar mais fácil em poucos meses. Trens conduzidos por chefes vestidos a caráter, remetendo à década de 1950, farão parte do Expresso Turístico que ligará a Estação da Luz, no centro de São Paulo, à vila histórica de Paranapiacaba.
A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Gestão de Recursos Naturais, retomou as tratativas junto à Secretaria de Transportes Metropolitanos quanto a reativação da linha que liga a atual estação de trem da Vila a Rio Grande da Serra. Desde 2002, ela vem sendo utilizada exclusivamente pela MRS Logística S.A., quando a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) a desativou por falta de demanda e cedeu a concessão para a empresa privada. Assim, o percurso do Expresso Turístico terá, no total, 47 km, indo da estação da Luz à Paranapiacaba, com parada na Estação da CPTM em Santo André. O tempo total estimado do trajeto é de 70 minutos e o valor cobrado será R$ 28, com tarifa reduzida para aqueles que embarcarem no ABC.
Inicialmente, os turistas terão como primeiras atrações o prédio histórico da Estação da Luz e a história da formação do bairro do Brás, predominantemente industrial durante o século XIX. A instalação de indústrias nos bairros paulistanos da Mooca e do Ipiranga e no ABC é o próximo ponto programado para o passeio.
Depois, o roteiro ganha um aspecto ambiental, com a passagem pelo do Horto do Guapituba, pela Estância Turística de Ribeirão Pires e por Rio Grande da Serra, onde a presença de áreas de manancial é marcante. Por fim, guias do AMA – Agentes de Monitores Ambientais de Paranapiacaba, darão mais detalhes acerca da vila inglesa durante o trajeto até a chegada.
Aos afccionados pelo tema ferrovia, olha ai mais um motivo para argumentarmos as vozes que querem a retirada dos trilhos.
Olha o que traz o Jornal Zero Hora:
Gastronomia e bela vista em trem no Paraná
17/11/2009 – Zero Hora
Emoção, natureza, história e gastronomia. Um pouquinho de cada tempera uma viagem de trem que parte de Curitiba, no Paraná, até a cidade histórica de Morretes. Com categorias diferentes de trens, é possível escolher entre um passeio de classe econômica, turística, executiva, ou os passeios em um trem com motor próprio e decoração de luxo.
A viagem, que começa na Estação Ferroviária de Curitiba (PR), corta a região metropolitana paranaense passando pelos municípios de Pinhais e Piraquara, o berço das águas do Paraná. O verde que se pode ver pelas janelas panorâmicas aos poucos vai se adensando, até transformar-se em mata fechada. As espécies típicas da Mata Atlântica, intocadas, saltam aos olhos numa paisagem que mistura araucárias centenárias, orquídeas, bromélias e muitas quedas d’água.
É possível apreciar o Parque Estadual do Marumbi, que abriga as montanhas mais altas do Estado. Ali, os picos de formatos estranhos tocam o céu. O local costuma ser ponto de parada para os alpinistas que querem explorar a região mais de perto.
O tom de aventura nasce nas dezenas de túneis, viadutos e pontes que o trem atravessa. O maior deles, o Roça Nova, tem 457 metros de extensão e fica a 900 metros do nível do mar. Precipícios dão ao viajante a sensação de estar flutuando em alguns trechos, especialmente no viaduto Carvalho, um contorno sobre uma montanha em que o turista ganha a melhor visão da Serra do Mar. Se o dia estiver fechado, e a serra não puder ser vista, não se preocupe. Entrar num denso nevoeiro neste ponto a quase mil metros de altitude dá a sensação de estar suspenso entre as nuvens.
Entre a mata e os viadutos, quem faz o trecho de trem tem uma aula de história. Os prédios que abrigaram as antigas estações mostram a arquitetura do início do século. Uma grande cruz às margens da ferrovia relembra batalhas e chacinas ocorridas durante a Revolução Federalista.
Aos blogueiros mais jovens e também aos já experientes em busca de oportunidades de emprego, olha a dica que o invomoney traz sobre as ferrovias:
Empresas reclamam de falta de profissionais
17/11/2009 – InfoMoney
As empresas do setor metro-ferroviário estão carentes de profissionais, o que é uma boa notícia para quem tem interesse em trabalhar nesse setor.
Durante um painel na feira Negócios nos Trilhos, empresas do setor apresentaram os problemas que enfrentam, entre eles a falta de profissionais.
O gerente de RH da Alstom, empresa que fornece equipamentos e serviços para geração de energia e transporte, Kleber Daniel, afirmou ter uma carência de profissionais e que os desafios da empresa são atrair bons funcionários, qualificá-los e fazê-los permanecer na empresa. “Buscamos profissionais não só do mercado metro-ferroviário, mas sim de outras áreas que possam contribuir com conhecimentos e experiências”, disse Daniel.
Ao José Brás:
Isso não será tão dificil não Meu Caro Zé. Pois a partir de 2010 a Secretaria Estadual de Transportes de São Paulo vai reativar o trecho entre São Paulo e Aparecida do Norte da Ferrovia, que terá o nome de FERROVIA DO ROMEIRO, para isso os municipios no entorno já estão se mobilizando. Aparecida é próximo a Cruzeiro, que é ligada a Varginha(como disse hoje ponto final da antiga Linha Cruzeiro/Juréia).
Assim, cabe aos diversos Municipios desse Entorno se mobilizarem ,buscarem recursos e parceiros e se isso acontecer, ZÉ voce poderá ir não apenas até Aparecida do Norte, mas esticar até a capital paulista pelos trilhos ferroviários.
Abraços e vamos continuar postando idéias,criticas e sugestões.
Pelo que eu entendi , ninguém é a favor da idéia da prefeitura de transformar a linha férrea em ciclovia e sim utilizá-la como meio de transporte alternativo ferroviário , como via expressa automobilistica ou até mesmo turístico . Acho que qualquer alternativa destas é melhor do que a ciclistica , porém acho melhor esperarmos sentados , porque tenho a impressão, tirando por base nas coisas que vem acontecendo com a nossa cidade principalmente as obras inacabadas , que vai demorar muito , mais muito mesmo !
O Brasil precisar URGENTE repensar sua matriz de transportes, em especial a nossa malha ferroviária…
Ah… como seria bom ir de trem de Varginha a Três Corações… às vezes faço o trecho São João Del-Rei a Tiradentes de Maria Fumaça e é uma bênção de passeio…
Que voltem a circular os trens…
A idéia de usar a ferrovia como transporte público é muito boa. A ferrovia cruza a cidade e poderia ser usada como alternativa de transporte utilizando VLTs. Alguns terminais poderiam ser construídos ao longo do percurso para embarque e desembarque e como sugeriu o Danilo, a linha poderia ir até Três Corações (muita gente vai e volta de TC todos os dias a estudo ou a trabalho).
Parabens ao Dr. Carlos, por chamar atençao do assunto e quem sabe rediscutir a questao da reativaçao da linha ferrea de Varginha. Acredito ser muitas as vantagens. Destaco, o turismo, a geraçao de emprego e divisas. Sabemos que há regiões de País em que o turismo por trem vai muito bem. Quem nao gostaria de ir à Aparecida do Norte de trem?. Já pensou quantos deixariam o carro na garagem para fazer uma viagem desta?, eu seria um deles, já pensou que o trem poderia transportar trigo e assim aqueles enormes caminhões deixariam de transitar nas ruas extreitas que dão acesso ao moinho?. Estas sao apenas algumas das vantagens.
Belo artigo, parabéns Carlos.
Que bom que houveram os comentários e criticas ao assunto e essa é a vantagem do regime democrático,que cresce pelos blogs,twiters,facebooks,etc.
Com relação ao assunto temos que lembrar que temos hoje totais condições de aproveitamento de todo o percursso, pois há 10 anos atrás, não tinhamos a facilidade dos GPS(que controlam tudo e seu custo é baixissimo). Nos cruzamentos que além dos controles citados, incluídos o uso de celulares que também eram menores naquele tempo, e temos hoje a competente Guarda Municipal, que tiraria de letra esse controle.
E ainda lembrando o Terminal de cargas próximo a Cooperativa dos Cafeicultores logo após aquele acidente conhecido foi reformado pela então Estatal dos Transportes. Ali foi erguido o chamado “batente morto”, que assim deu plena viabilidade ao referido estacionamento amplo de carga e descargas, o que faz com que a linha central esteja separado por linha de destaque e segurança. Por falta de debate sobre o assunto muita gente esqueceu disso. Portanto não há necessidade nenhuma de se gastar com outros modais ou aquisição de terrenos para isso, bastanto um pouco de aglutinação para reformar o que se precisa e parceria público privada para esse entendimento. No final a cidade ganharia, só para complementar, estou tentando conseguir um vídeo que mostra 2 cidades mineiras estão fazendo sobre o instigante asunto. Aí quem sabe o debate esquenta.
A todos os comentaristas com criticas e elogios o meu obrigado. Continuem postando.
Carlos Cornwall
Quem quer remover os trilhos?
A administração?
Há não!
Como é de costume,
acho mais interessante…
que ferrovia fique.
E a adminitração?
Passem adiante.
Eu também gostaria que a linha ferroviária voltasse a funcionar, sempre tive vontade de andar de trem, nao sei se seria possivel fazer com que o trem em varginha fosse um atrativo turistico para passeios, mas seria legal, porém acho que se for pra ficar destivada é melhor tirar mesmo pois daria uma boa avenida ali interligando os bairros e melhoraria um pouco nosso transito caotico. Sem contar o perigo que é nos arredores da linha, quem mora por ali sabe do que estou falando.
Também acho lamentável a retirada da linha férrea da cidade, onde a mesma poderia ser utilizada comercialmente ou no mínimo como uma linha turística, pois uma ciclovia não melhoraria em praticamente nada o trânsito caótico de Varginha.
“Lobão // Nov 10, 2009 at 10:25 pm
É a terceira vez que comento no blog sobre esse assunto. Passou da hora de aproveitarem a linha férrea como alternativa de transporte público!”
É um transporte muito mais barato que os demais tradicionais que utilizamos, mais ORGANIZADO e de fácil manutenção. Basta olharmos pra Europa, onde conseguimos cruzá-la de um canto a outro através de trens. Mas, infelizmente, estamos longe disso. No Brasil, aliás, cometeram até o CRIME de arrancarem muitas linhas férreas que já existiram, pra incentivar a venda de carros/caminhões. Hoje, podemos perceber bem o resultado disso…
Mas nunca é tarde, bastava investimento. Com toda certeza, essa é uma excelente solução (aliada a outras) pro caos que estamos enfrentando diariamente no trânsito…
É a terceira vez que comento no blog sobre esse assunto. Passou da hora de aproveitarem a linha férrea como alternativa de transporte público!
AMIGO CARLOS, CONCORDO COM VOCE MAIS SEM ENTRAR NA CIDADE,VOCE MOROU MUITO TEMPO NAS TRES BICAS SABE O QUANTO É DIFICIL PARA OS MORADORES
adoraria poder andar de trem aqui em nossa cidade pois quando isso acontecia eu não me recordo e nem sei se cheguei a andar, mas como ja fiz algumas viagens de trem em outra cidade posso garantir, tá ai uma fonte de se explorar o turismo em nossa cidade, penso que nossas autoridades poderiam olhar com mais carinho para esse fato e direciono essa responsabilidade ao senhor henrrique lemes que pelo que me consta é o secretário de turismo de nossa cidade. se eu estiver errado me corrijam por favor!
Que este não seja o legado deixado pelo prefeito mais popular da história de Poços.
Duvido que o Paulinho, da Couro minas vai aceitar a mutilação da história de Poços.
Sei que ele enxerga muito além dos lucros e dos interesses financeiros que envolvem o assunto.
Não acreditem que o Paulinho da Couro Minas está de acordo com essa idéia abominável.
Temos que estar sempre atentos e vigilantes para neutralizar estas ações rasteiras destes poucos sujeitos que só pensam em lucros a curto prazo.
Graças a Deus o Paulinho consegue vislumbrar os valores e as vantagens de preservar a história de Poços.
Realmente existem muitas cidades que queriam ter uma rede ferroviaria e não tem. Nossa cidade está em uma região privilegiada e tem algumas pessoas ignorantes que querem tirá-la.
Não sabem que o futuro está nas grandes malhas ferroviarias, e o Brasil é um dos poucos paises que tem uma malha ferroviaria tão grande. Ao inves de tirá-la deveria investir dinheiro na reforma e ampliação para que melhore o transporte e desfogue as rodovias, isso diminuiria o grande numero de acidentes em nossas estradas.
Gente vamos, crescer principalmente nossos administradores.
lamentável essa postura brasileira de destruir o que já está pronto e pago! esse infeliz país destruiu quase todo sistema ferroviário e agora está reconstruindo (graças a Deus…) por causa da conjuntura mundial e do custo do petróleo. Um vagão transporta 70.000 kg! Nós não temos trem, não temos estradas, não temos navegação costeira ou fluvial, não temos aviões! Varginha deve se unir a Tres Corações para implantarem linha de passageiros entre as duas e um trem turístico para fins de semana. Em TC trem pode levar todos os trabalhadores que hoje usam onibus para irem ao distrito industrial, tirando dezenas deles das ruas .