Cadê Marisa?

Estou falando daquela mulher, cujos comésticos e intervenções cirúrgicas transformaram o ar de suburbana-classe-média-baixa em um visual chique, blasé. E aqui não entra nenhuma carga de preconceito, mas sim de registro pelo esforço da primeira-dama em adaptar-se à liturgia que o cargo exige.

Marisa estava presente em todos os eventos, ao lado de Lula. Em todas as viagens, nas reuniões ministeriais. Isso não era de se causar estranheza a ninguém. É isso que se espera de uma primeira-dama: participar ativamente do trabalho que o marido realiza, em pagamento aos votos que recebeu do eleitor.

De repente, Marisa sumiu. Aquela mulher que estava presente em todo palanque de Lula, na decoração dos jardins em forma de estrela, sumiu.

Foi trocada por Dilma.

Coincidência ou planejamento estratégico? A impressão que se tem é que a ordem é fazer a outra aparecer, para capitalizar dividendos políticos.

Que tome cuidado o idealizador dessa artimanha. Em alguma pesquisa que se pergunte quem é a primeira-dama, a resposta pode causar estranheza.