A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) informou que um desligamento geral da Subestação Foz do Iguaçu 500 kV/765kV, da empresa Furnas provocou a interrupção no fornecimento de energia em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Acre, Rondônia, Sergipe e no Distrito Federal. No Sul de Minas, as cidades afetadas foram Caxambu, Lavras e Santo Antônio do Amparo. Clique abaixo para ler mais.O desligamento ocorreu às 20h55 dessa quarta-feira, 3 de outubro, e o restabelecimento da energia teve início às 21h15. Em Minas Gerais, foram parcialmente atingidos as cidades: Nova Lima, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Sete Lagoas, São Francisco, Pintópolis, Novo Cruzeiro, Malacacheta, Poté, Caxambu, Lavras, Santo Antônio do Amparo, Bom Sucesso, Uberlândia, Patos de Minas, Uberaba, Carmo do Paranaíba, Rio Paranaíba, Araxá, Arapoá e Passos.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema – ONS, órgão responsável pela coordenação e controle da operação das usinas e do sistema de transmissão do País, no Sistema Interligado Nacional (SIN), as causas que originaram o desligamento estão sendo apuradas. (com informações CEMIG)
Economia
06/10/2012
Após apagões, Dilma decide mexer na gestão de Furnas
Atualmente, 40% da energia do país passa pelo sistema Eletrobrás/Furnas, que opera em 11 estados
Para presidente, a subsidiária Eletrobras não fez os investimentos necessários (Beto Barata/Agência Estado/VEJA)
A presidente Dilma Rousseff decidiu acelerar mudanças na estrutura e na administração de Furnas. Preocupada com “incidentes” que interromperam, por duas vezes num intervalo de 11 dias, o abastecimento de energia em várias regiões do país, ela quer antecipar mudanças preventivas que seriam feitas nos próximos meses.
Para Dilma, a subsidiária da Eletrobrás não fez os investimentos necessários no setor de transmissão. Atualmente, 40% da energia do país passa pelo sistema Eletrobrás/Furnas, que opera em 11 estados. Foi um incêndio provocado por curto-circuito na subestação de Furnas em Foz de Iguaçu que provocou o apagão da última quarta-feira e atingiu áreas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, além de Acre e Rondônia.
A estatal, porém, não tem responsabilidade sobre os demais episódios recentes. A falha de fornecimento do dia 22, que deixou sem luz o Nordeste, além de Tocantins e Pará teve origem numa subestação da Eletronorte, em Imperatriz (MA). O blecaute do centro de Brasília na quinta-feira teve como causa uma queimada, que atingiu uma linha de transmissão da distribuidora local, a Companhia Energética de Brasília (CEB).
Em encontros e conversas recentes, Dilma demonstrou ter pressa no desenvolvimento de um plano de reestruturação de Furnas, com enxugamento de pessoal e mudanças de atribuições. Desde o começo do governo, a presidente reduz os poderes de grupos políticos no setor elétrico, área onde fez carreira. Em fevereiro de 2011, ela nomeou o engenheiro Flavio Decat para presidir Furnas. A escolha foi uma resposta ao grupo do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que controlava a estatal.
Respaldado por lideranças do PMDB como o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o senador José Sarney (AP), Decat tem a confiança de Dilma, que já conhecia o seu trabalho. Em agosto, o PR perdeu a diretoria de Engenharia e o PMDB, as diretorias Financeira e de Construção. À época, foram extintas as diretorias de Engenharia e Construção e criada a de Expansão. O PT ainda conta com as diretorias de Gestão Corporativa e Operação do Sistema e Comercialização.
A presidente acredita que as mudanças não foram suficientes. Setores do governo avaliam que Decat está amarrado por problemas na estrutura da empresa. O governo identificou as áreas que emperram o gerenciamento de Furnas. Possíveis substituições na administração da empresa deverão obedecer a critérios técnicos, afirmam pessoas próximas da presidente.
A estatal também tem sido frequentemente criticada pela falta de rigor na operação do sistema. Por isso, há expectativa de que sejam criadas novas normas técnicas para a empresa. Os últimos autos de infração emitidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que Furnas não tem obedecido a uma série de normas técnicas previstas para a operação das linhas de transmissão.
(Com Agência Estado)
Acho o governo da Dilma muito parecido com o de FHC. Até nos apagões.