
Cafeicultores de Varginha ocuparam a Tribuna Livre da Câmara Municipal, nesta segunda-feira 16. Os produtores foram levados pelo vice-prefeito Marquinhos Paiva Foresti (PPS, na foto). Entre os assuntos, o manifesto que a classe realiza na região no dia 16 de março. Os cafeicultores esperam fazer o manifesto chegar às autoridades, em Brasília. Clique no título para ler a matéria completa.
O cafeicultor e diretor da Unicoop de Três Pontas Eric Miranda Abreu disse que o movimento é em prol da cafeicultura brasileira e o evento busca mostrar para a sociedade que a “cafeicultura é mola mestre da economia e do social” em um grande número de municípios brasileiros, em especial no Sul e Sudoeste Mineiro. Pretendemos mobilizar e conscientizar toda a sociedade que depende diretamente ou indiretamente do negócio café, por isso esperamos que todos abracem esta causa e estejam conosco no dia 16 de março”, salienta.O vice-prefeito de Varginha, Marcos Paiva Foresti disse que os organizadores esperam receber apoio de associações comerciais. “O comércio é afetado diretamente, porque a cafeicultura estando mal, tudo vai mal, empregados, supermercados, postos de combustíveis, é uma rede que vai junto, se desencadeia, se o café afundar”. A situação de municípios onde a cafeicultura predomina, segundo Foresti “é grave e a arrecadação de prefeituras está lá em baixo. Esperamos que no dia 16 de março, nestes municípios seja decretado ponto facultativo, e o comércio feche as portas a partir do meio dia, como faremos em Varginha”, diz o vice-prefeito. Foresti prevê que trabalhadores rurais irão se integrar ao manifesto. “Essa união é muito importante porque eles também estão sentindo na pele o desemprego. O prejuízo se estende ao trabalhador. Estamos sendo muito maltratados, sem respeito”, opina.De acordo com Foresti, em Varginha houve queda na arrecadação superior a 20%, em janeiro. O café, por seus vários segmentos representa acima de 60% no montante da arrecadação do município. “Vamos nos empenhar ao máximo para que nossa voz chegue até Brasília”, conclui o vice-prefeito.O produtor rural Eric Miranda Abreu fez uma apresentação sobre o cenário nacional do café. O secretário da Administração de Varginha Jordálio de Oliveira, levantou números da cafeicultura, ressaltou a geração de empregos e lembrou que o café engloba uma cadeia que vai desde o plantio, passando pela produção, torrefação, exportação e pesquisa. O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, José Carlos D’Alessandro, agradeceu pelo apoio de um Poder constituído à causa da cafeicultura.O vereador Verdi Lúcio Melo (PSDB) defendeu os cafeicultores. “O setor é um dos principais geradores de emprego e renda. O café é o principal produto dentro das commodities, e uma das principais fontes de riqueza do país”. O presidente da Câmara, Leonardo Ciacci (PP), endossou as palavras de Vérdi. “Vamos apoiar o movimento, dentro das competências que nos cabem, pois o café é de fundamental importância para a economia do país e, especificamente, de Varginha”.
O Comentário do Sr. Paulo Silveira merece respeito, pois o mesmo se pauta em dados concretos. Já os demais comentários acima não merecem o menor respeito, pois ao que parece, as pessoas não estão inteiradas do assunto, ou fazem vistas-grossas para a situação periclitante em que se encontram todos os envolvidos na cadeia.
A atitude mobilizadora da população é, ao menos num primeiro momento, a única capaz de sensibilizar não só as entidades de classes, mas a população de uma forma geral, para os perigos que todos estão correndo.
Não é o momento para criarmos desavenças e picuinhas, e sim para que todos se unam em prol da sobrevivência não só da cafeicultura, mas de todos que dependem (direta e indiretamente) da mesma.
Realmente chegou a hora de mobilizarmos a opinião pública para os problemas da cafeicultura. Hoje temos cafeicultores altamente tecnificados e competentes, com altos índices de produtividade e nem assim estão vendo o retorno do seu trabalho, pois estão há mais de 4 anos comercializando o produto abaixo do custo. Os insumos e a mão de obra, que são os principais itens do custo, subiram mais de 500% nos últimos 14 anos e o produto café teve um ajuste de apenas 22%. Isso são dados reais que mostram a fragilidade do setor que envolve mais de 1.800 municípios e gera mais de 2,2 milhões de empregos. O custo de um saca hoje está acima de 300,00 e estão vendendo a R$250,00. Será que diante disso o setor vai continuar gerando riqueza sufuciente para manter os cafeicultores e os empregos que oferecem??? Vamos mobilizar,vamos mostrar pra quem ainda acha que cafeicultor só anda de carro a verdadeira realidade do setor que tem enorme responsabilidade social
Gente mas o Marquinhos não é vice do PT, chama o mauro teixeira para ir lá em brasilia e falar para o Lula, lula o problema do café é teu,se vire nos 30.Se o Lula falou ou melhor disse que falou para o Bush que o problema da crise era dele.O MT com tanto prestigio resolve isso em 30 segundos.Peitudo Heim
Os fazendeiros estão chorando, porque ainda não trocaram os carros.
Quem mandou optar pela monocultura em pleno séc XXI e ficar esperando benesses do governo?
Falam em gerar empregos e basta ver onde vão buscar mão de obra, o tipo de acomodações oferecidas e transporte. Aí do trabalhador se não houver uma eficiente fiscalização. (sei que há exceções, até mesmo por força da lei)
Ponto facultativo? Fechar o comércio? Será o retorno da crise de 29? Vivemos a economia de mercado, a livre negociação…
Se está tão ruim assim plantar café, planta milho, girassol, soja, laranja, arroz, goiaba…
Pois é, quem pode mais “late” mais alto.