O varginhense Mayke Moraes está na estrada há 11 anos. Começou essa viagem pelo Alasca, Estados Unidos, Europa e Ásia. Há dois anos voltou para Varginha, estabeleceu nova meta e começou nova viagem: agora, pelas Américas do Sul e Central.
Na atual viagem, Mayke está há um ano e 6 meses na estrada. Hoje (22/10/2019), está em Honduras, Tegucigalpa, capital do país. É o país número 67 que já visitou. Nesses 1,6 ano, mochilou por 12 países das Américas do Sul e Central: Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua e Honduras. Próxima parada, El Salvador.
Brasileiro?
Mayke diz que a reação das pessoas quando fala que é do Brasil, é quase sempre a mesma. “Por estar na América Central (antes estava na América do Sul, que não é tão distante do nosso país), eles têm um grande carinho pela gente do Brasil. O tratamento é diferenciado sim, a maneira que tratam os turistas europeus por exemplo é diferente do jeito que tratam a gente. É claro que tem aqueles estereótipos, acham que por ser brasileiro eu sei jogar futebol bem, sei jogar capoeira, sei dança samba. Quando falo que não sei nada disso, acham que não sou brasileiro”. “Uma coisa também muito interessante é que algumas dessas pessoas que conheço viajando, que são de outros continentes, Europa ou Ásia, quando falo que sou brasileiro, se surpreendem, porque não sou negro. Acham que no Brasil só tem negros. Ainda existe essa visão errada que as pessoas têm do nosso país. Mas a recepção tem sido ótima, quando falo que sou brasileiro, as pessoas abrem um sorrisão no rosto e nos tratam muito bem”.
Política e coxinha
“A maior curiosidade que eles [moradores dos países por onde ele passa atualmente] têm sobre nosso país atualmente é sobre política. Eu me hospedo muito com moradores locais, tento essa imersão total. E eles têm essa curiosidade. Muitas perguntas sobre Bolsonaro, Lula. Até evito esse assunto, porque quando a gente fala de política vai cavando muita coisa ruim e é uma imagem que eu não quero passar do Brasil pra essas pessoas. Porque as informações que eles têm do nosso país são as piores possíveis, de corrupção. Tento evitar e tento falar um pouco das coisas boas do nosso país, das praias, da gastronomia, nossa comida, eles são muito interessados por isso. Muita gente conhece o churrasco brasileiro, coxinha. É até engraçado falar com essas pessoas sobre isso, sobre comida”.
Foto: Sopa de Iguana que provei na cidade de Leon na Nicarágua. Uma receita bem tradicional no país e um dos pratos mais consumidos pelos moradores locais.
Honduras
“Estou no país mais violento do mundo, sério. A gente pesquisou muito sobre isso antes de vir pra cá. Estava com um pouco de receio, assim como estava com um pouco de receio de ir pra Nicarágua, todo mundo falou pra não ir, muito assalto, morte, sequestro. Fiquei [na Nicarágua] um mês e uma semana. Foi o país que mais gostei nessa viagem pelas Américas do Sul e Central, até agora. É um país muito bonito, barato pra gente, brasileiros, isso conta muito. Tem muita coisa bonita pra se fazer, muito lugar bonito pra visitar. Tem muitos vulcões, tive a oportunidade de subir na cratera de um vulcão ativo, com lava incandescente. Subi em cinco, seis vulcões. E o tratamento que recebi do pessoal no país foi incrível cara, muito bom. Sem contar que eles têm uma culinária muito boa, muito exótica que me encanta. Você me conhece, você sabe que eu gosto muito desse lado da gastronomia local. Lá tive a oportunidade de experimentar uma sopa de iguana, tem até uma foto no meu instagram”.
Honduras
“Eu recém-cheguei aqui em Honduras, e todo mundo me alertou pra tomar cuidado, que é muito perigoso. Já estou aqui há uma semana e meia, estou gostando muito, tomando contato com moradores locais. E estou me surpreendendo com o país. Se tem uma dica que posso dar pra quem quer viajar é que não tenham medo, mas pesquisem bastante, com responsabilidade, antes de entrar em um país, pra não entrar em fria. Eu já tenho uma experiência em viagem, antes de chegar na cidade, converso com moradores locais, que estão dispostos a me receber, me hospedar. Isso faz a diferença”.
Venezuela
“Não visitei a Venezuela quando estava na América do Sul, eu estava na Colômbia e muita gente me dizia pra não ir, que estava perigoso, muita gente sabe a situação que estava o país. Venezuela é um país que eu ainda vou visitar e não quero que isso aconteça de novo, ir a um país e não visitar por medo. Quero ver com meus olhos para ver se a realidade condiz com o que a mídia, os meios de imprensa divulgam”.
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” Muitas perguntas sobre Bolsonaro, Lula. Até evito esse assunto, porque quando a gente fala de política vai cavando muita coisa ruim e é uma imagem que eu não quero passar do Brasil pra essas pessoas. Porque as informações que eles têm do nosso país são as piores possíveis, de corrupção”.
ISTO É DEVIDO A IMPRENSA COMO ESTE BLOG QUE SÓ VÊ CORRUPÇÃO NA POLÍTICA
“Marcus Madeira é um coxinha de carteirinha”
NOTA DO BLOG: Sou não, Roberto. Outro dia, fiz um comentário sobre o Bolsonaro, leitores me xingaram de Bolsominion e de Petista. Pelo mesmo comentário. Hehehe. Abraço!!!